Amostra “Itabuna atraves da praça Olinto Leone”

 Créditos: Laíse Galvão ASCOM - UESC
Coordenadora do Projeto- Janete Ruiz Macedo
Por: Sione Porto

Sione Porto e Janete Macedo
membros efetivos da ALITA

Em 27 de julho de 2012, com um olhar telúrico de volta ao passado, foi aberta, no Museu Amélia Amado, Colégio São José (AFI), a Exposição “Itabuna através da Praça Olinto Leone”, organizada pela historiadora e curadora do museu, Prof.ª Janete Ruiz Macedo, membro efetivo da Academia de Letras de Itabuna (ALITA), com a parceria da UESC.

Na amostra, foram reunidas 30 imagens do cotidiano da bela praça e seus arredores, com reproduções jornalísticas, desde o tempo de Tabocas, século XIX, resgatando assim, sua imponente história.

Em 1905, os fundadores de Tabocas, numa reunião memorável para sua emancipação, resolveram mudar o nome do local, na qual várias opiniões convergiram para homenagear o ilustre Firmino Alves, sergipano, que fez a primeira plantação de cacau em 1867, com muito suor nos calos da enxada, no Arraial de Tabocas, que pertencia a Ilhéus, foi também comerciante, criou a hospedaria singela “Pouso de Tropas”, na Burundanga, e, com sua visão futurista, trouxe alfaiates, pedreiros, médicos, professores, advogados, chegando ao ponto de fornecer mantimentos grátis, a fim de que se iniciasse a plantação de cacau.

Era o jovem Firmino, filho de Félix Severino de Oliveira, também conhecido por Amor Divino. Além do nome de Firmino Alves, outro nome forte disputava opiniões, o do Cel. Henrique Alves, embora não fossem parentes, inobstante eram adversários políticos. 

Em 1906, Tabocas passou a condição de vila e, no mês agosto, o governador da Bahia assinou a lei 692, desmembrando de Ilhéus a Vila de Tabocas.

Em 28 de julho de 1910, foi a nação grapiúna emancipada. Hoje, a amada e próspera Itabuna cresce para orgulho de todos os itabunenses que acredita na força do seu povo, apesar dos percalços como a dizimação do cacau, outrora fonte de renda e riqueza (o fruto de ouro), que muitos acreditam propositadamente.

O nome Itabuna, que nos topônimos tupis significa: ita (pedra) + aba (quebrar, truncar) + una (pedra preta), enquadra-se perfeitamente com a força de seus fundadores, que somaram aos de Firmino Alves e do Cel. Henrique Alves.

A exposição, promovida pelo Projeto Implantação e Implementação de Arquivos e Museus e o Centro de Documentação (CEDOC) da UESC, objetiva apoiar as atividades e festividades referentes aos 102 anos de emancipação da cidade de Itabuna.

Fonte: AGECOM - UESC
Fundação Jupará - Jornal a Região.
Adelino Kfoury (historiador)
Jose Dantas Andrade (historiador)
Fotos do local do evento