CORRENTEZA
Ruy Póvoas
O rio cortando a cidade,
a cidade rompendo os homens,
os homens todos correndo,
em busca do frio chão.
O chão todo asfaltado
o transeunte assaltado,
o espírito sobressaltado:
doentes do coração.
A terra contaminada,
o rio todo cremoso,
a cidade, um calabouço,
morada virou cadeia
e gente indiferente
com cara de lobisomem.
Tudo isso começou,
quando a cidade cresceu
esqueceu da natureza
com a agonia dos homens.
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